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terça-feira, 26 de outubro de 2010

É assim que Funciona

Eu já perdi coisas nessa vida
E aprendi a ser de uma mulher só
Com a traição o perdão vai embora
E voce nunca, vai ser melhor
A omissão é uma questão de tempo
A verdade vem, depois não tem mais jeito
E já não tem, mais pra onde correr
E niguem pra te socorrer

Se ela é ciumenta, muito chato isso é normal
Se ela foi escolhida, é porque é especial e não adianta, outra querer falar
Sua historia não vai mudar
Se ela fala muito, é porque quer o seu bem
Se ela desconfia, é que alguma coisa tem
E não adianta, de amor querer trocar só vai mudar de lugar
É assim que funciona
É assim que funciona a vida
De quem vive a vida, dividida com outra vida
É assim que funciona
É assim que funciona o mundo
Não me iludo, no teu mundo eu quero ser tudo

Aprendi a lição, minha inspiração.

domingo, 24 de outubro de 2010

CORAGEM DE AMAR

Será que, para amar, é necessário ter coragem? A pergunta, a princípio, parece sem propósito. Afinal, é tão natural amarmos aos nossos filhos, ao companheiro, à esposa, que longe está a necessidade de se ter coragem para isso.

Porém, e se mudarmos a pergunta: Para aprender a amar, é necessário ter coragem? Será que precisamos de coragem para aprender a amar aqueles que ainda não amamos?

Conta-se que Madre Teresa de Calcutá, ao abandonar o convento, onde atuava como professora de jovens de famílias ricas, levou consigo apenas o hábito e as sandálias de religiosa, deixando tudo para trás.

Ao final de sua existência, tinha mais de 400 casas erguidas pelo mundo em nome do seu amor ao próximo, entre asilos, orfanatos, hospitais, escolas.

Certa feita, ao ser homenageada em uma solenidade, um dos convidados interpelou-a dizendo não saber como ela dispunha de coragem para fazer tudo o que fazia. E ela, tranquilamente, respondeu que não entendia como tantas cabeças coroadas tinham coragem de não fazer nada, frente a tanta miséria no mundo.

Albert Schweitzer era um jovem músico, consagrado nas mais famosas salas de concerto europeias, quando decidiu abandonar a carreira musical e cursar medicina.

Sonhava ele ajudar o próximo e elegeu a carreira médica como ferramenta de auxílio.

Deixou o conforto da fama e do reconhecimento ao seu talento musical para começar uma nova vida. Ao se formar, foi trabalhar no coração da África, numa região isolada e sem recursos.

Ao final de sua existência, havia sido reconhecido com um prêmio Nobel da Paz e, em uma região onde nada havia, construiu um hospital que se expandira para mais de 70 prédios, com 500 leitos para internamento.

Não são poucos os exemplos que encontramos de pessoas que, com coragem, optam por amar àqueles que ainda não amam.

Jesus nos alerta que amar àqueles que nos são caros, até os maus o fazem. Porém é necessário ir além. É necessário aprender a amar àqueles que ainda temos dificuldades em amar, que ainda não aprendemos a amar.

Para esses, é necessário armar-se de coragem. Pois o amor ao próximo exige dedicação, esquecimento do orgulho, da vaidade, da presunção.

Podemos não ter a estrutura moral ou a coragem de Madre Teresa e de Albert Schweitzer, que deixaram marcas permanentes na História da Humanidade.

Mas já podemos deixar marcada a nossa presença, se nos decidirmos a amar ao próximo.

Podemos começar com o parente difícil, sempre disposto a fazer comentários e insinuações maldosas. Ou ainda com aquele vizinho sempre pronto a uma nova provocação.

Outras tantas vezes, aprender a amar pode vir através da paciência que desenvolvemos diante das limitações de quem ainda não tem as mesmas capacidades que nós.

Ou que se mostra arrogante e pretensioso, com falsas capacidades que não possui.

Não há verdadeiramente um dia em nossa vida, onde não surja a oportunidade de aprender a amar.

Aprendamos com Jesus, Mestre Maior de todos nós, que não devemos nos contentar com o amor na intimidade do lar ou no relacionamento a dois.

Que possamos, a cada dia, armarmo-nos de coragem e exercitar o sentimento do amor ao próximo, na oportunidade que a vida nos oferecer.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Está na hora de mudar !

Como é difícil para nós reconhecermos que pegamos o caminho errado. Como é difícil readaptar os nossos sonhos. Desde pequenos aprendemos que é necessário traçar metas, objetivos e lutar por eles. Porém, muitas vezes, no meio do caminho é preciso mudar a estratégia. Dar meia volta, abrir mão do sonho. Admitir que o sonho não era tudo aquilo, então é preciso começar tudo de novo.

A conquista de nossos sonhos pode estar voltada à vida profissional, pessoal ou intelectual. O fato é que vivemos de escolhas e são nossas escolhas que nos tornam pessoas melhores. Se for necessário voltar atrás, volte. Se for preciso desistir, desista, mas desista já tendo em mente por onde recomeçar, pois são os constantes “recomeçar” que dão sentido as nossas vidas.

Não tenha vergonha ou medo de recomeçar, vivemos em um mundo de constantes mudanças e, diariamente, descobrimos algo que substitui um sonho, que é mais eficiente, mais veloz, mais prático, mais moderno. E assim, pode ser com os nossos sonhos, devem estar sujeitos a alterações e nós devemos estar dispostos a aceitar as mudanças.

Muito ouvimos falar em evolução, globalização, e o mundo girando. Muitos de nós estamos assistindo o espetáculo, a transformação de tudo aquilo que também é nosso. Porém, este mesmo mundo é quase sempre transformado sem a nossa participação.
É sempre bom lembrar das palavras que é preciso correr riscos, não tenha medo de correr riscos, porque talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como àqueles que têm um sonho a seguir.

Somos movidos por desafios, e toda mudança é um desafio, devemos dar boas vindas a elas. Se tudo na vida permanecesse estático o mundo não teria graça, a vida não seria uma eterna aventura. Aventure-se, é época de mudanças. Mude seu cabelo, sua casa, seu trabalho, seu ritmo de vida. Lembre-se, você nasceu para brilhar e esse brilho vem de dentro de você, é em você que devem ocorrer as maiores mudanças. A felicidade, às vezes, é uma bênção, mas geralmente é uma conquista.

Enfim, preciso entender que não é porque estabelecemos uma determinada meta que não podemos mudar essa visão. Precisamos refletir quando não era bem isso que imaginavámos e partir para outra. Não tenha medo de mudar, estabeleça novos rumos e vá em busca desses novos sonhos. Vamos lá, que possamos mudar quando sentirmos necessidade, a mudança nos faz agir, nos dá coragem e nós somos movidos por desafios da vida.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

12/10/2010 Dia das Crianças



A vida inicia com perfume, com inocência e a pureza que Deus fez no princípio de seus dias de trabalho. Como prova de sua grandeza, mostrou que o Menino Jesus fora tão puro, tão inocente, na sua infância . E que todos na mesma idade falam na oração e na visão do paraíso presente.

Que bom firmar contrato com tão precioso irmãozinho, fruto do mais puro amor, a criação do Pai de todos nós.  Protetor de todas as crianças.
Dia 12 de outubro foi escolhido para sempre ser lembrado que brincar é paz e amor.

E que guerra não existe na fronte dessas criaturinhas.  Apesar que o tempo é rápido e deixamos para trás tudo isso para uma escolha de pesquisas e trabalhos em uma máquina incessante, que coloca na frente de uma tela e de teclas chamada de computador.  Aí a criança não mais é a mesma.  Vem aquela volúpia que incendeia seus neurônios e a transformam em um precoce adolescente.  Nada está errado.  Porém, gostamos tanto da criança que esquecemos seu crescimento e a sua idade que já passou.

E no dia tão festejado que seja lembrado que um dia fomos criança e que dentro de nós sempre existirá uma que jamais perecerá.

domingo, 10 de outubro de 2010

Acostumar - se

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida. 


Não vamos deixar nossas vidas se perderem pelo comodismo, por aceitar as coisas como são e não tentar mudar. Vamos valorizar as nossas vidas, dar-nos o direito de um bom momento de lazer, assistir programas que façam bem ao nosso ser, poder tomar um café da manhã sem pensar que está atrasado, enfim vamos respeitar e aproveitar a nossa vida. Não se acostumem, façam a vida acontecer!!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Massacrante felicidade do outros.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco.

Há no ar um certo queixume sem razões muito claras. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: "Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento". Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. "Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.

Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?

Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

Queridos amigos!!! Que possamos valorizar a nossa vida, regar a nossa grama, ver que podemos ter momentos ruins, momentos de querer sumir, mas também possuímos momentos bons, momentos onde nossa festa parece estar melhor. Como Martha coloca muito bem na mensagem às vezes as mídias nos fazem perceber que os outros só possuem coisas maravilhosas, mas cabe a nós refletir que todos somos seres humanos, que todos temos problemas e desafios a serem superados e nem sempre os outros precisam saber deles. Vamos fazer nossa felicidade, vamos lutar por nossos sonhos para que todas as nossas gramas possam estar verdes.


 
Por Martha Medeiros